ADAPTAÇÃO DO THE SELF-PERCEPTION PROFILE FOR
COLLEGE
STUDENTS
À POPULAÇÃO PORTUGUESA COMO INSTRUMENTO
PARA SER UTILIZADO NO CONTEXTO DA PSICOLOGIA DA
SAÚDE[1]
JOSÉ LUIS PAIS RIBEIRO
Faculdade de Psicologia e de Ciências da
Educação-U.Porto
Adaptou-se o The self-Perception Profile for College
Students, (Newman & Harter,1986), à população portuguesa. Esta escala
que, segundo os autores se propõe medir a "competência pessoal" dos
estudantes universitários, tem como suporte teórico um modelo
cognitivo-desenvolvimental. Inclui 54 itens distribuídos por 13 sub-escalas, em
que cada uma corresponde a um domínio relevante para a vida dos estudantes
universitários. Recorreu-se a uma amostra de 609 estudantes (53% do sexo
feminino) entre os 11º ano de escolaridade e último ano da universidade, pertencentes
a três escolas secundárias de zonas diferentes da cidade do Porto, e a nove
escolas da Universidade do Porto. A solução factorial explicava 62,5% da
variância total e evidenciou uma estrutura semelhante à da escala original.
Duas sub-escalas da versão original foram aglutinadas numa só, e foram
retirados dois itens que não satisfaziam as condições métricas suficientes para
ser incluídas na versão portuguesa, tendo sido conservados 52 itens dos 54
originais. O Alfa de Cronbach da escala total, para a versão portuguesa, era de
0,92, enquanto o das sub-escalas se colocavam dominantemente na casa dos 0,80s,
variando entre 0,69 e 0,87. Comparam-se os valores da adaptação com os da
escala original, e os valores de validade predictiva para variáveis de saúde demonstram
que esta escala é uma escala importante para a psicologia da saúde.
Introdução
Em termos gerais o auto-conceito (AC) consiste
na percepção que o indivíduo tem de si próprio (Byrne,1984), sendo uma variável
psicológica que tem sido estudada desde sempre na psicologia, em todas as
perspectivas teóricas. O AC tem sido discutido como um pensamento de referência
pessoal, e tem sido definido como uma imagem pessoal global, multifacetada e
compósita, que inclui percepções em áreas específicas, tais como grupo de
pares, outros significativos, ou capacidade física, e que tem, provavelmente,
grande influência no comportamento em geral (Schunk & Carbonari, 1984).
Segundo Byrne e Shavelson (1986), a sua estrutura é multidimensional,
hierarquizada e torna-se mais complexa com a idade: segundo Morganti, Nehrke,
Hulicka e Cataldo (1988), e Nehrke, Hulicka e Morganti (1980) o AC aumenta com
a idade. A percepção pessoal tem origem nas relações com as pessoas
significativas e em todas as experiências vividas no meio social. O presente
texto expõe o processo e o resultado da adaptação para a população portuguesa
do The Self-Perception Profile for College Students (Neemann &
Harter,1986), considerado uma escala de avaliação do AC em estudantes
universitários.
Relação entre AC e saúde
Provavelmente devido à juventude do domínio da psicologia da
saúde, a relação entre AC e saúde, ou entre AC e doenças, tem sido pouco
estudado. No entanto, há evidência da existência de relações fortes entre estas
variáveis. Já os estudos de Schmale (1958) e Canter (1960) sugeriam que o AC
era um factor importante, tanto no aparecimento de doenças como no processo de
cura, e sugeriram que esta variável seria a que mais influenciava o estilo de
vida e os comportamentos de prejuízo de saúde. Em estudos mais recentes, Duffy
(1988), Pender, Walker, Sechrist e Frank-Stromborg (1990), e Rentmeester e Hall
(1982) mostraram haver uma associação forte entre AC e estilo de vida saudável;
Burton, Sussman, Hansen, Johnson, e Flay (1989), mostraram haver relação forte
entre AC baixo e as intenções de fumar em estudantes; Rutledge (1987),
verificou que o AC estava associado à periodicidade da auto-avaliação de
caroços no peito; DeLongis, Folkman e Lazarus (1988), verificaram que
indivíduos com baixo AC tinham mais problemas somáticos e psicológicos; Hazzard
e Angert (1986), verificaram que as crianças asmáticas que possuíam bons
conhecimentos acerca da sua condição e que participavam mais activamente no
controlo da sua doença, tinham AC mais elevado do que a população normal;
Jamison, Lewis e Burish (1986), inspeccionaram os factores que relacionavam a
cooperação no tratamento da sua doença em adolescentes com cancro, tendo
encontrado uma correlação positiva entre AC e essa participação. Em conclusão,
pode-se afirmar que a investigação sugere que, quer no âmbito da promoção da
saúde, quer no da prevenção das doenças, quer, ainda, no empenhamento no
tratamento de doenças, o AC tem um papel positivo e importante.
A escala original de avaliação do Auto-conceito
O instrumento a que o presente artigo se refere é o The
Self-Perception Profile for College Students (Neemann & Harter, 1986),
uma escala que se propõe avaliar a "competência pessoal" de
estudantes universitários. Os autores defendem que a escala se propõe avaliar o
AC numa perspectiva multidimensional, e o modelo assumido pelos autores
insere-se numa perspectiva cognitiva e desenvolvimental. Para reflectir a
complexidade do AC (multidimensionalidade e desenvolvimental) os autores
desenvolveram um conjunto de escalas destinadas a diferentes grupos etários, do
pré-escolar à idade adulta, nomeadamente uma para estudantes universitários que
é focada no presente artigo. Estas escalas reflectem o aumento da complexidade
do AC pelo aumento, nomeadamente, do número de domínios abrangidos. Uma escala
desenhada especificamente para estudantes universitários, permite cobrir
domínios específicos para este grupo. A par dos domínios específicos a cada
grupo, a escala avalia, também, o AC global independente de domínios, evitando
assim avaliar o AC global como resultado da soma de AC específicos de
determinados domínios. Segundo Lefcourt (1992), o AC avaliado com a escala de
Neemann e Harter pode-se incluir num conjunto de variáveis que lidam com o
controlo e a causalidade.
A escala, na sua versão original, contém 54 items
distribuídos por 13 sub-escalas com quatro itens cada, excepto uma que tem
seis. O questionário fornece um perfil constituído com as notas das
sub-escalas, em que cada uma é suposto ser um domínio relevante para a vida do
estudante universitário, mais uma sub-escala que constitui uma apreciação
global independente de domínios. Os primeiros cinco domínios referem-se a
competências ou capacidades, os seguintes sete a relações sociais. As
sub-escalas e sua definição são as seguintes: criatividade- percepção do
estudante sobre a sua capacidade para ser inventivo ou criativo; competência no
trabalho (job competence)- foca o orgulho no trabalho realizado e a
confiança no a realizar (esta escala desaparece na versão adaptada);
competência académica (scholastic competence)- refere-se à percepção do
estudante da sua competência para lidar com as tarefas escolares; competência
intelectual- refere-se à percepção de competência intelectual geral;
competência atlética- avalia percepção de capacidade para realizar actividades
físicas e desportivas; aparência- refere-se a quanto o indivíduo acha que é
fisicamente atraente e quanto feliz está com a sua aparência; amizades íntimas-
refere-se à capacidade para estabelecer relações de amizade íntimas e, a se tem
amigos com quem partilha as coisas mais pessoais; aceitação social- refere-se à
satisfação com a sua habilidade para fazer amigos; relações com os pais-
refere-se às relações com os pais; relações amorosas- refere-se à capacidade
para estabelecer relações amorosas e, a quanto se sente atraente para as
pessoas em quem possa estar interessado; humor- refere-se à capacidade para se
rir de si próprio e para ser brincalhão com os amigos; moralidade- refere-se a
quanto o indivíduo sente que o seu comportamento é moralmente adequado;
apreciação global- refere-se ao sentimento geral que o indivíduo tem acerca de
si-próprio (self).
A resposta é dada numa de quatro alternativas: primeiro,
pela escolha de uma de duas afirmações antagónicas ("alguns estudantes
gostam de ser como são" versus "outros estudantes gostariam de
ser diferentes"), sendo a escolhida aquela com a qual o sujeito se
identifica. Depois, o sujeito deve centrar-se nessa afirmação escolhendo uma de
duas situações: identificação exacta com a afirmação ou apenas aproximação
("sou mesmo assim" ou "sou mais ou menos assim").
O O O O
Alguns estudantes gostam do Outros estudantes
gostariam
Sou Sou mais modo como se relacionam MAS de se relacionar de modo Sou mais Sou
mesmo ou menos com
os outros diferente
com os outros ou menos mesmo
assim assim assim assim
Cada item é cotado de 1 a 4, indicando a nota mais baixa,
baixa percepção de competência e a mais elevada, elevada competência. Para cada
sub-escala metade dos items são formulados pela positiva e a outra metade pela
negativa. Embora o resultado seja mais adequadamente apresentado como um
perfil, ele pode ser apresentado como uma nota só, resultante do somatório das
sub-escalas. A nota total pode variar entre 52 e 208, com o valor mais elevado
correspondendo a um AC mais favorável.
Adaptação de escalas concebidas noutro idioma
A esmagadora maioria dos instrumentos de medida disponíveis
em psicologia foram construídos para utilização na língua inglesa,
principalmente a falada nos Estados Unidos da América. A tradução de um
qualquer instrumento constitui o primeiro passo do seu tratamento. No entanto,
só depois de identificado o comportamento da escala para a população de outra
cultura, de definido o modo de cotação, número e composição de possíveis
sub-escalas, se os itens são indícios ou amostras, suas propriedades e
magnitude, validades e fidelidade, etc, uma escala está apta a ser utilizada
como instrumento científico na nova versão.
O processo de adapação da escala
A adaptação envolveu diversos passos
considerados básicos no tratamento de escalas de avaliação:
1-tradução dos itens do questionário.
Este passo inclui as seguintes fases:
1.1-definição
se é questionário ou inventário e se os items são indícios ou amostras;
1.2-
escolha dos itens a incluir no questionário;
1.3-
tradução propriamente dita que inclui discussão com pessoas cuja língua materna
seja a da escala,
1.4-
conservação de todas as versões resultantes da tradução de um item que pareçam
pertinentes,
2- reflexão falada com membros da
população alvo;
3- avaliação dos itens, por
especialistas, para saber se;
3.1-
cada item parece medir o construto que se propõe medir;
3.2-
saber se há outra forma mais simples ou adequada de apresentar o item;
3.3-
saber se o formato do conjunto de itens é o mais adequado;
3.4-
avaliar se o tipo de resposta pedido é adequado,
4- passagem do questionário;
5- tratamento psicométrico dos itens;
5.1-verificar
se a distribuição das respostas é campanular;
5.2-encontrar
uma solução factorial coerente com a concepção teórica (validade de construto e
de conceito);
5.3-verificar
a consistência interna das sub-escalas definidas pela solução factorial.
Considerações estatística
A estatística paramétrica que foi
utilizada no tratamento do questionário baseia-se em asserções muito restritas
acerca do tipo de dados a obter:
a)
cada amostra de dados foi produzida por uma população normal; ou seja, é um
número muito grande de observações que se distribui segundo a curva normal;
b)
as populações têm todas a mesma variação;
c)
a variável foi medida com uma escala intervalar.
Os
testes não-paramétricos, pelo contrário, são pouco restritivos acerca da
natureza dos dados: a maioria assume apenas uma medida ordinal. Teoricamente,
dado os resultados da escala serem ordinais, deveria recorrer-se à estatística
não paramétrica. A razão porque os testes não-paramétricos são menos utilizados
deriva de os paramétricos serem, geralmente, mais poderosos (o poder de um
teste é a sua capacidade para detectar diferenças significativas entre dois
conjuntos de medidas). Este maior poder dos testes paramétricos deriva de que
estes fazem uso de toda a informação disponível nos dados enquanto os
não-paramétricos apenas consideram a sua ordenação. No entanto, a investigação
tem salientado que as diferenças que se obtêm quando se ignoram as assunções
básicas inerentes aos testes paramétricos são desprezíveis, e que as conclusões
a que se chegam com os dois tipos de testes não são muito diferentes
(Miller,S., 1984).
A
análise factorial foi uma das técnicas a que se recorreu para analisar as
propriedades métricas da escala: trata-se de uma técnica paramétrica baseada em
procedimentos correlacionais, pelo que as assunções subjacentes às técnicas
paramétricas deveriam ser respeitadas. No entanto Comrey (1973), afirma que o
índice de correlação de Pearson está mais preocupado com a natureza da
distribuição dos resultados do que com o tipo de medida, ou seja: se a
distribuição das respostas for campanular (mesmo que não seja normal) o recurso
à correlação de Pearson é adequado. Tabachnick e Fidell (1989) e Tinsley e
Tinsley (1987), confirmando a posição de Comrey, sugerem que quando as
respostas a um item se concentram em poucas das alternativas de resposta e não
se distribuem de forma campanular, o melhor é eliminar esse item.
Resumindo: para tratar os instrumentos de
avaliação segundo critérios estatísticos rigorosos, o importante não é que as
variáveis sejam contínuas em vez de ordinais mas sim que se distribuam de forma
campanular. Ainda segundo Comrey (1973), Tabachnick e Fidell (1989) e Tinsley e
Tinsley (1987) os resultados dos estudos que utilizam variáveis ordinais são
desvalorizados quando recorrem à correlação de Pearson.
O questionário foi submetido à análise
factorial, mais especificamente à análise de componentes principais (ACP): esta
é a solução privilegiada quando o investigador está interessado, principalmente,
na redução de um grande número de variáveis a um pequeno número de componentes,
e é, igualmente, recomendado como primeiro passo na análise factorial (Dawis,
1987; Tabachnick & Fidell,1989).
A análise factorial não é um processo
automático. Com efeito, é possível produzir inúmeras soluções factoriais por
limitação, por exemplo, do número de factores ou do número de interacções. Por
tal razão é necessário definir critérios para adoptar uma das soluções. A
escolha da estrutura factorial final tomará em conta os seguintes critérios:
a) validade convergente de cada
item com o factor que satura. Utiliza-se como critério para considerar que um
item está correlacionado com o factor, haver uma correlação igual ou superior a
0,40 entre o item e esse hipotético factor (16% da variância total);
b) validade discriminante, que é
a medida em que um item satura apenas um factor. Utiliza-se como critério que
um item, para ter validade discriminante, ao se correlacionar simultaneamente
com dois factores, deve apresentar uma diferença entre essas duas correlações
com uma magnitude igual ou superior a 15 pontos;
c) a percentagem da variância
total que é explicada por cada solução factorial. Esta percentagem deve ser
superior a 50%;
d) a coerência de cada solução
factorial: coerência significa que a análise de conteúdo dos itens que saturam
cada factor não apresenta discrepância incompatível com a solução teórica
original (construto ou conceito);
e) parcimónia: quanto mais
pequeno melhor. Perante duas soluções factoriais com as mesmas propriedades
métricas, a que incluir menor número de itens será preferida;
f) cada factor deverá possuir,
pelo menos, três itens.
Na ACP sobre as respostas da amostra, o
valor dos itens não respondidos foram substituídos pela média. Para a definição
dos factores escolheu-se uma rotação ortogonal, procedimento varimax, com
normalização de Kaiser (eigenvalue igual ou superior a um), sem
pré-definição do número de factores.
Amostra
Recorreu-se a uma amostra intencional que abrangeu 609
estudantes (53% do sexo feminino) entre os 11º ano de escolaridade e último ano
da universidade, pertencentes a três escolas secundárias de zonas diferentes da
cidade do Porto, e a nove escolas da Universidade do Porto. Os estudantes do
secundário foram escolhidos de entre os que, pelo seu comportamento escolar,
tal como era percebido pelos professores, tinham alta probabilidade de aceder à
universidade. Este procedimento permitiria considerar este grupo como
pré-universitário. O questionário de AC estava incluído num questionário mais
vasto que abrangia outras variáveis.
Resultados
A solução factorial
foi encontrada em sete interacções, consistindo em 12 factores que explicam
65,2% da variância total. O primeiro factor explica 21,8% da variância total; o
segundo explica 7,8; o terceiro 6,0; o quarto, 5,5; o quinto 4,2; o sexto 3,7;
o sétimo 3,3; o oitavo 3,1; o nono 2,8; o décimo, 2,6; o décimo primeiro, 2,4;
o décimo segundo 2,0. Dos 54 itens da escala original, dois não satisfaziam os
critérios definidos para inclusão e foram retirados. Um dos itens foi retirado
por possuir um valor de comunidade muito baixo e o outro por saturar, isolado,
um décimo terceiro factor, sem consistência teórica. Na análise de componentes
principais incluiu-se, ao contrário dos autores da escala original, a
sub-escala de apreciação global: esta saturou o primeiro factor e é a que
explica melhor o resultado total da escala.
A adaptação
portuguesa apresentou uma estrutura muito semelhante à da escala original com
as características que passamos a descrever. Ao primeiro factor chamou-se
"apreciação global"(AG): inclui os seis itens da escala original mais
um que migrou de outra escala. Ao segundo factor chamou-se
"criatividade"(CR) como na escala original e inclui os mesmos itens
desta. O terceiro factor "competência académica" (CA) inclui seis
itens coincidentes com a escala original (na escala original os itens desta
sub-escala distribuíam-se por dois factores; esses dois factores incluíam oito
itens. Um foi retirado da escala e o outro migrou para o primeiro factor). Ao
quarto factor chamou-se "competência intelectual" (CI): inclui cinco
itens, um deles saturando significativamente, igualmente, a sub-escala
anterior, sendo os restantes quatro os da mesma sub-escala na escala original.
Ao quinto factor chamou-se Competência Atlética (CAT) e inclui os mesmos itens
que a escala original. Ao sexto factor chamou-se "aparência" (AP) e
tem a mesma composição da escala original. Ao sétimo factor chamou-se
"amizades intimas" (AI) e tem estrutura igual à escala original. Ao
oitavo factor chamou-se "aceitação social" (AS) e tem estrutura igual
à escala original. Ao nono chamou-se "relações com os pais" (RP), e
tem estrutura igual à original. Ao décimo chamou-se "relações
amorosas" (RA) e tem composição igual à original. Ao décimo primeiro
chamou-se "humor" (H): dos quatro itens da escala original, um foi
retirado da escala, tendo permanecido os outros três. Ao décimo segundo factor
chamou-se "moralidade" (M) e tem estrutura igual à original.
Apresentam-se
no quadro 1 os valores da saturação de cada variável com cada um dos factores
conservados na solução final. Entre parentesis são apresentados os valores da
carga factorial encontrados pelos autores na escala original. Só são
apresentados os valores r > 0,40.
QUADRO 1
Carga factorial dos
itens nos factores após ACP sem limitação do número de factores
AG CR CAC CI CAT AP AI AS RP RA H M
IIC1 0,64
IIC14 0,63
IIC27 0,60
IIC40 0,72
IIC41 0,55
IIC47 0,62
IIC54 0,67
IIC12 0,77(.89)
IIC25 0,78(.89)
IIC38 0,80(.82)
IIC52 0,79(.73)
IIC28 -----(.52)
IIC2 0,56(.69)
IIC3 0,73(.84)
IIC15 0,50(.79)
IIC16 0,70(.72)
IIC29 0,67(.65)
IIC8 0,75(.74)
IIC21 0,61(.65)
IIC34 0,70(.69)
IIC42 0,48(.63) 0,68
IIC48 0,68(.68)
IIC13 0,72(.87)
IIC26 0,78(.88)
IIC39 0,81(.92)
IIC53 0,84(.89)
IIC5 0,67(.66)
IIC18 0,77(.83)
IIC31 0,84(.85)
IIC44 0,81(.73)
IIC7 0,74(.80)
IIC20 0,73(.70)
IIC33 0,76(.81)
IIC46 0,73(.62)
IIC4 0,68(.67)
IIC17 0,68(.75)
IIC30 0,63(.70)
IIC43 0,69(.62)
IIC6 0,80(.82)
IIC19 0,75(.89)
IIC32 0,78(.89)
IIC45 0,62(.78)
IIC10 0,74(.79)
IIC23 0,73(.86)
IIC36 0,64(.91)
IIC50 0,72(.75)
IIC11 0,78(.77)
IIC24 -----(.54)
IIC37 0,85(.85)
IIC51 0,84(.87)
IIC9 0,70(.85)
IIC22 0,69(.81)
IIC35 0,74(.89)
IIC49 0,70(.73)
Eigen. 11,35 4,05 3,02 2,76 2,14 1,85 1,68 1,59 1,47 1,34 1,25 1,07
Var 21,86
7,8 6,0 5,5 4,2 3,7 3,3 3,1 2,8 2,6 2,4 2,0
AG-apreciação global; CR- criatividade; CA-competência
académica; CI- competência intelectual; CAT- competência atlética;
AP-aparência; AI- amizades int’mas; AS-aceitação social; RP- relações com os
pais; RA-relações amorosas; H-humor; M-moralidade.
Na
versão da escala original, os itens 2, 15, 28 e 41 pertenciam à sub-escala
denominada competência no trabalho (job competence). Na versão portuguesa,
dois dos itens dessa sub-escala carregam o factor denominado competência
académica (scholastic competence), outro não carrega nenhum factor de
modo significativo e foi retirado (item 28) enquanto o item 41 carrega a
sub-escala de apreciação global. A análise destes itens mostra que o seu
conteúdo é compatível com a distribuição da adaptação portuguesa. As diferenças
de distribuição para os itens 2 e 15 devem-se a especificidades da língua. Com
efeito, os itens das sub-escalas job competence e scholastic
competence referem-se a actividades escolares que no primeiro factor são
descritas como job enquanto no segundo são descritas como work.
Ora em português estes dois termos são traduzidos pela mesma palavra. O item
42, que na escala original pertencia à sub-escala competência académica, na
versão que estamos a descrever carrega a sub-escala competência intelectual, e
a análise de conteúdo deste item mostra que ele é compatível com o conteúdo dos
itens desta sub-escala. Finalmente o item 24 foi retirado pelo facto da carga
factorial não satisfazer o critério definido.
Verifica-se que, na análise factorial realizada, a carga
factorial, para a maioria dos itens, é menor do que na escala original e isso
deve-se, provavelmente, às diferenças de rotação utilizados no método análise
factorial: ortogonal utilizado na presente investigação versus oblíquo
utilizado na escala original. A rotação oblíqua pressupõe correlação entre os
factores extraídos pelo que a carga factorial tende a ser mais elevada.
A consistência interna (Alfa de Cronbach) da escala e
sub-escalas variou entre 0,69 e 0,92 com a maioria dos valores na casa dos
0,80: para o primeiro factor, apreciação global, alfa= 0,86; o segundo,
criatividade, alfa= 0,87 (.89); o terceiro, competência académica, alfa= 0,81
(.84); o quarto, competência intelectual, alfa= 0,86 (.86); o quinto,
competência atlética, alfa= 0,84 (.92); o sexto, aparência, alfa= 0,85 (.85); o
sétimo, amizades intimas, alfa= 0,82 (.82); o oitavo, aceitação social, alfa=
0,82 (.80); o nono, relações com os pais, alfa= 0,76 (.88); o décimo, relações
amorosas, alfa= 0,78 (.88); o décimo primeiro, humor, alfa= 0,79 (.80); o
décimo segundo, moralidade, alfa= 0,69 (.86). O Alfa de Cronbach para a escala
total é, alfa= 0,92. Entre parentesis apresentam-se o valor de alfa encontrado
pelos autores para a escala original. Os autores não fornecem valores de alfa
para o primeiro factor e para a escala total.
As correlações
entre sub-escalas, e entre estas e a escala total são apresentadas no quadro 2.
QUADRO 2
CorrelaÁ„o
entre escala de auto-conceito e sub-escalas que a compıem.
TOT. AG CR CAC CI CAT AP AI AS RP RA H M
TOT. 0,79 0,57 0,60 0,64 0,47 0,59 0,59 0,67 0,42 0,55 0,33 0,34
AG 0,37(.38) 0,51(.45) 0,46(.44) 0,23(.26) 0,44(.61) 0,37(.40) 0,54(.56) 0,32(.39) 0,37(.34) 0,20(.37) 0,24(.41)
CR 0,41(.31) 0,54(.48) 0,28(.18) 0,18(.20) 0,22(.23) 0,30(..27) 0,11(.13) 0,23(.19) 0,20(.24) 0,06(.22)
CAC 0,70(.65) 0,12(.02) 0,22(.26) 0,19(.20) 0,18(.21) 0,17(.12) 0,16(.19) 0,07(.13) 0,17(.27)
CI 0,20(.09) 0,23(.31) 0,30(.22) 0,21(.26) 0,14(.14) 0,20(.24) 0,13(.13) 0,14(.31)
CAT 0,39(.24) 0,17(.08) 0,29(.23) 0,06(.16) 0,28(.23) 0,03(.16) 0,02(.17)
AP 0,24(.22) 0,31(.36) 0,20(.18) 0,31(.42) 0,09(.22) 0,16((.34)
AI 0,50(.55) 0,14(.19) 0,38(.31) 0,23(.26) 0,15(.19)
AS 0,23(.29) 0,46(.28) 0,25(.35) 0,14(.24)
RP 0,07(.20) 0,16(.21) 0,19(.23)
RA 0,10(.14) 0,02(.15)
H 0,04(.26)
AG-apreciação global; CR-
criatividade; CAC-competência académica; CI- competência intelectual; CAT-
competência atlética; AP-aparência; AI- amizades int’mas; AS-aceitação social;
RP- relações com os pais; RA-relações amorosas; H-humor; M-moralidade.
A sub-escala de apreciação global é a que explica melhor a variância
do resultado da escala total (cerca de 64% da variância): de seguida surge a de
aceitação social, que explica cerca de 45% da variância da escala total.
Verificam-se, ainda, relações estatisticamente fortes entre as sub-escalas de
competência académica e de competência intelectual, com uma a explicar 49% da
variância da outra). Pelo facto da sub-escala de apreciação global explicar
mais de dois terços do resultado da escala total, quando o objectivo da
avaliação visa o AC em geral em vez de um perfil, essa sub-escala pode ser
utilizada isoladamente com vantagens dado o pequeno número de itens.
Validade
Dado defendermos a utilidade desta escala na psicologia da
saúde, na inspecção da validade de critério privilegiamos variáveis de saúde.
Num estudo em que se investigaram as relações existentes entre o AC e variáveis
de saúde tais como saúde física, saúde mental, saúde social, percepção geral de
saúde, e sintomas físicos de mal-estar, Ribeiro (1993) verificou que o AC
manifestava correlações significativas (entre 0,28 e 0,61, p< 0,001) com
todas elas. No mesmo estudo verificou que o AC actuava como amortecedor do
impacto de variáveis stressoras sobre a saúde: quando se consideravam apenas os
indivíduos que se encontravam, em simultâneo, nos quartis extremos dos três
tipos de variáveis (variáveis de saúde, AC e stressoras), de modo a que se
pudesse considerar que num quartil extremo se encontravam os que tinham bom
resultado nessa variável, e no outro quartil extremo os que tinham pior
resultado na mesma variável, o AC era, de entre as variáveis psicológicas (a
par de comportamento, locus-de-controlo-de-saúde, auto-eficácia, suporte
social) a que mais amortecia o impacto das variáveis stressoras sobre a saúde.
Dito de outro modo, os indivíduos submetidos a stress elevado, que tinham um AC
elevado tinham, geralmente, muito menos probabilidade de estar no quartil com
valores de saúde baixos, quando comparados com indivíduos com AC baixo. O risco
relativo (output da crosstabulation do SPSS) de estar no grupo com
valores de saúde baixos, para os que, submetidos à acção de stressores tinham
AC baixo atingiram valores muito elevados.
A par da validade anterior procedemos à inspecção da
validade discriminante. Esta é um aspecto da validade de construto na qual a medida
mostra maior correlação com conceitos com os quais se assemelha do que com
aqueles com que se diferencia. Para isso, foi inspeccionada a correlação entre
AC e outras variáveis psicológicas -comportamento (0,18),
locus-de-controlo-de-saúde (0,04), auto-eficácia(0,70), suporte social(0,35) e
número de amigos(0,31)-. Como se pode ver pelos valores apresentados entre
parentesis, que expressam a correlação entre essas variáveis e o AC,
verificaram-se correlações significativas desta variável com todas, excepto com
o locus de controlo de saúde. A correlação com a auto-eficácia foi o valor mais
elevado e esta, tal como foi medida nesta investigação, é o constructo que mais
se assemelha ao AC. Outras investigações realizadas com o AC em língua
portuguesa que utilizaram itens que avaliam a auto-eficácia (Serra, 1986),
estes itens agruparam-se num dos factores da escala de AC. A correlação
significativa entre AC e domínio social e AC espelha a importância das sete
sub-escalas que avaliam a dimensão social. Como seria esperado, o comportamento
seria aquela que teria, menor correlação com o AC.
Conclusão
Os resultados da adaptação que foram encontrados para esta
escala garantem vários aspectos positivos. O primeiro a salientar é a manutenção
da estrutura da escala adaptada semelhante à da escala original, o que é
difícil conseguir após adaptação para uma língua e cultura tão diferente. O
segundo é a magnitude dos valores psicométricos, com valores elevados de carga
factorial e de consistência interna. O terceiro aspecto salienta a importância
da escala para ser utilizada em psicologia da saúde, principalmente com
objectivos de promoção da saúde, de melhoria da qualidade de vida e do bem-estar em geral.
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Vamos apresentar um conjunto de
frases que permitem aos estudantes universitários e pré-universitários
descreverem-se a si próprios. Não há boas nem más respostas, dado que os
estudantes diferem bastante entre si. Em primeiro lugar, deve decidir se é a
frase do lado esquerdo da folha que o descreve melhor ou se é a do lado direito
(veja o exemplo abaixo). Uma vez escolhida a frase que melhor o descreve, deve
decidir se você "é mesmo assim" ou se é "mais
ou menos assim" e assinalar com uma cruz o quadrado respectivo.
Para cada pergunta só deve colocar uma cruz. Umas vezes vai colocar a cruz no
lado direito da folha, outras vezes no lado esquerdo. Nunca deve colocar cruzes
simultaneamente do lado direito e esquerdo: só deve assinalar um dos quatro
quadrados que estão na mesma linha. Comece a responder a seguir ao exemplo.
|
Sou mesmo assim |
Sou mais ou menos assim |
|
|
|
Sou mais ou menos assim |
Sou mesmo assim |
|
G |
G |
Alguns estudantes gostam
de ser como são |
MAS
|
Outros estudantes
gostariam de ser diferentes |
G |
G |
|
Sou mesmo assim |
Sou mais ou menos assim |
|
|
|
Sou mais ou menos assim |
Sou mesmo assim |
1 |
G |
G |
Alguns estudantes gostam
de ser como são |
MAS
|
Outros estudantes
gostariam de ser diferentes |
G |
G |
2 |
G |
G |
Alguns estudantes não
estão muito orgulhosos com os trabalhos que fazem |
MAS
|
Outros estudantes estão
muito orgulhosos com os trabalhos que fazem |
G |
G |
3 |
G |
G |
Alguns estudantes sentem
que dominam as matérias escolares |
MAS
|
Outros estudantes sentem
que não as dominam |
G |
G |
4 |
G |
G |
Alguns estudantes não
estão satisfeitos com as suas competências de relacionamento social |
MAS
|
Outros estudantes acham
que as suas competências de relacionamento social são boas |
G |
G |
5 |
G |
G |
Alguns estudantes não
estão satisfeitos com o seu aspecto físico |
MAS
|
Outros estudantes estão
satisfeitos com o seu aspecto físico |
G |
G |
6 |
G |
G |
Alguns estudantes gostam
da sua forma de agir quando estão com os seus pais |
MAS
|
Outros estudantes
gostariam de agir de forma diferente quando estão com os seus pais |
G |
G |
|
Sou mesmo assim |
Sou mais ou menos assim |
|
|
|
Sou mais ou menos assim |
Sou mesmo assim |
7 |
G |
G |
Alguns estudantes
sentem-se sós porque não têm um amigo íntimo com quem partilhar as coisas |
MAS
|
Outros estudantes não se
sentem sós porque têm um amigo íntimo com quem partilhar as coisas |
G |
G |
8 |
G |
G |
Alguns estudantes
sentem-se tão espertos, ou até mais do que outros |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que sejam tão espertos como os outros |
G |
G |
9 |
G |
G |
Alguns estudantes
questionam frequentemente a moralidade do seu comportamento |
MAS
|
Outros estudantes acham
que o seu comportamento é habitualmente moral |
G |
G |
10 |
G |
G |
Alguns estudantes sentem
que as pessoas por quem estão apaixonados se sentirão atraídas por eles |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que as pessoas por quem estão apaixonados se sentirão atraídas por eles |
G |
G |
11 |
G |
G |
Quando alguns estudantes
fazem algo de estúpido que mais tarde lhes parece divertido, dificilmente
riem de si mesmo |
MAS
|
Outros estudantes quando
fazem algo de estúpido que mais tarde lhes parece divertido, facilmente riem
de si mesmo |
G |
G |
12 |
G |
G |
Alguns estudantes sentem
- se tão criativos, ou até mais, do que outros |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que sejam tão criativos como os outros |
G |
G |
13 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
que conseguiriam sair-se bem em qualquer actividade desportiva que não tenham
experimentado antes |
MAS
|
Outros estudantes receiam
não se sair bem em qualquer actividade desportiva que não tenham
experimentado antes. |
G |
G |
14 |
G |
G |
Alguns estudantes estão
frequentemente desiludidos consigo mesmo |
MAS
|
Outros estudantes
normalmente sentem-se satisfeitos consigo mesmo |
G |
G |
15 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
que são muito bons nos trabalhos que fazem |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que sejam capazes de fazer os seus trabalhos |
G |
G |
16 |
G |
G |
Alguns estudantes vão
muito bem nos seus estudos |
MAS
|
Outros estudantes não vão
muito bem nos seus estudos |
G |
G |
17 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
difícil fazer novos amigos |
MAS
|
Outros estudantes são
capazes de fazer novos amigos facilmente |
G |
G |
18 |
G |
G |
Alguns estudantes estão
satisfeitos com o seu peso e altura |
MAS
|
Outros estudantes
gostariam que o seu peso e altura fossem diferentes |
G |
G |
19 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
difícil agir com à vontade quando estão com os seus pais |
MAS
|
Outros estudantes acham
fácil agir com à vontade quando estão com os seus pais |
G |
G |
20 |
G |
G |
Alguns estudantes são
capazes de fazer amigos íntimos em quem podem realmente confiar |
MAS
|
Outros estudantes acham
difícil fazer amigos íntimos em quem possam realmente confiar |
G |
G |
21 |
G |
G |
Alguns estudantes não se
sentem muito capazes intelectualmente |
MAS
|
Outros estudantes sentem
que são muito capazes intelectualmente |
G |
G |
22 |
G |
G |
Alguns estudantes
costumam fazer o que é moralmente certo |
MAS
|
Outros estudantes algumas
vezes não fazem aquilo que sabem ser moralmente certo |
G |
G |
|
Sou mesmo assim |
Sou mais ou menos assim |
|
|
|
Sou mais ou menos assim |
Sou mesmo assim |
23 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
difícil estabelecer relações amorosas |
MAS
|
Outros estudantes não têm
dificuldades em estabelecer relações amorosas |
G |
G |
25 |
G |
G |
Alguns estudantes
preocupam-se por não serem tão criativos ou inventivos como os outros |
MAS
|
Outros estudantes sentem
que são muito criativos e inventivos |
G |
G |
26 |
G |
G |
Alguns estudantes não
sentem que tenham boas capacidades atléticas |
MAS
|
Outros estudantes sentem
que têm boas capacidades atléticas |
G |
G |
27 |
G |
G |
Alguns estudantes
habitualmente gostam de si mesmo como pessoa |
MAS
|
Outros estudantes muitas
vezes não gostam de si mesmo como pessoa |
G |
G |
29 |
G |
G |
Alguns estudantes têm
dificuldades em resolver os seus trabalhos casa |
MAS
|
Outros estudantes
raramente sentem dificuldades com os seus trabalhos de casa |
G |
G |
30 |
G |
G |
Alguns estudantes gostam
do modo como se relacionam com os outros |
MAS
|
Outros estudantes
gostariam de se relacionar de modo diferente com os outros |
G |
G |
31 |
G |
G |
Alguns estudantes
gostariam que o seu corpo fosse diferente |
MAS
|
Outros estudantes gostam
do seu corpo tal como é. |
G |
G |
32 |
G |
G |
Alguns estudantes sentem-
se bem sendo como são junto de seus pais |
MAS
|
Outros estudantes têm
dificuldade em serem eles próprios junto de seus pais |
G |
G |
33 |
G |
G |
Alguns estudantes não têm
um amigo íntimo com quem possam partilhar os
seus pensamentos e sentimentos mais pessoais |
MAS
|
Outros estudantes têm um
amigo íntimo com quem partilhar os seus pensamentos e sentimentos mais
pessoais. |
G |
G |
34 |
G |
G |
Alguns estudantes
acham-se tão inteligentes, ou até mais, do que outros |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que sejam tão inteligentes como os outros |
G |
G |
35 |
G |
G |
Alguns estudantes
gostariam de ser melhores do ponto de vista moral |
MAS
|
Outros estudantes
acham-se bons do ponto de vista moral |
G |
G |
36 |
G |
G |
Alguns estudantes têm
capacidade para desenvolver relações românticas |
MAS
|
Outros estudantes não
acham fácil desenvolver relações românticas |
G |
G |
37 |
G |
G |
Alguns estudantes têm
dificuldades em rir-se das coisas ridículas ou disparatadas que fazem |
MAS
|
Outros estudantes acham
fácil rir de si mesmo |
G |
G |
38 |
G |
G |
Alguns estudantes não se
sentem muito inventivos |
MAS
|
Outros estudantes sentem-se
muito inventivos |
G |
G |
39 |
G |
G |
Alguns estudantes
acham-se melhores do que os outros em desportos |
MAS
|
Outros estudantes não se
acham capazes de jogar tão bem como os outros |
G |
G |
40 |
G |
G |
Alguns estudantes gostam
da maneira como conduzem a sua vida |
MAS
|
Outros estudantes muitas
vezes não gostam da maneira como conduzem a sua vida sua
vid |
G |
G |
41 |
G |
G |
Alguns estudantes não
estão satisfeitos com a maneira como fazem as suas tarefas |
MAS
|
Outros estudantes estão
bastante satisfeitos com a maneira como fazem as suas tarefas |
G |
G |
|
Sou mesmo assim |
Sou mais ou menos assim |
|
|
|
Sou mais ou menos assim |
Sou mesmo assim |
42 |
G |
G |
Alguns estudantes por
vezes não se sentem intelectualmente capazes nos seus estudos |
MAS
|
Outros estudantes
geralmente sentem-se intelectualmente capazes nos seus estudos |
G |
G |
43 |
G |
G |
Alguns estudantes
sentem-se aceites socialmente por muitas pessoas |
MAS
|
Outros estudantes
desejariam que mais pessoas os aceitassem |
G |
G |
44 |
G |
G |
Alguns estudantes gostam
do seu aspecto físico tal como é |
MAS
|
Outros estudantes não
gostam do seu aspecto físico |
G |
G |
45 |
G |
G |
Alguns estudantes
sentem-se incapazes de se dar bem com os seus pais |
MAS
|
Outros estudantes dão-se
bem com os seus pais |
G |
G |
46 |
G |
G |
Alguns estudantes são
capazes de fazer amigos íntimos |
MAS
|
Outros estudantes acham
difícil fazer amigos íntimos |
G |
G |
47 |
G |
G |
Alguns estudantes
preferiam ser diferentes |
MAS
|
Outros estudantes estão
muito contentes por serem como são |
G |
G |
48 |
G |
G |
Alguns estudantes duvidam
que sejam muito inteligentes |
MAS
|
Outros estudantes
acham-se muito inteligentes |
G |
G |
49 |
G |
G |
Alguns estudantes vivem
segundo os seus princípios morais |
MAS
|
Outros estudantes têm
dificuldades em viver segundo os seus princípios morais. |
G |
G |
50 |
G |
G |
Alguns estudantes
preocupam-se com o facto de que quando se apaixonam por alguém, essa pessoa
possa não lhes corresponder |
MAS
|
Outros estudantes
sentem que quando estão apaixonados
por alguém, essa pessoa lhes corresponde |
G |
G |
51 |
G |
G |
Alguns estudantes são
capazes de rir de certas coisas que fazem |
MAS
|
Outros estudantes têm
dificuldades em rir de si mesmo |
G |
G |
52 |
G |
G |
Alguns estudantes acham
que têm muitas ideias originais |
MAS
|
Outros estudantes duvidam
que as suas ideias sejam originais |
G |
G |
53 |
G |
G |
Alguns estudantes não
fazem bem actividades que exigem capacidade física |
MAS
|
Outros estudantes são
bons em actividades que exigem capacidade física |
G |
G |
54 |
G |
G |
Alguns estudantes muitas
vezes estão descontentes consigo mesmo |
MAS
|
Outros estudantes estão
habitualmente bastante contentes consigo mesmo |
G |
G |
OBRIGADO PELA SUA
COLABORAÇÃO
COTAÇÃO
DOS ITENS
Esta escala destina-se a estudantes a partir do 11º ano de
escolaridade inclusive.
A escala original inclui 54 itens
enquanto a adaptação portuguesa inclui 52, dado terem sido retirados dois como
já foi explicado (itens 24 e 28 da escala original)
A cotação dos itens é feita
atribuindo 1 ponto ao registo mais à esquerda, dois ao seguinte, três ao
seguinte e quatro ao mais à direita, excepto para aqueles que seguir são
indicados como invertidos em que a atribuição de a nota é inversa.
Itens invertidos: 1, 3, 6, 8, 10,
12, 13, 15, 16, 18, 20, 22, 27, 30, 32, 34, 36, 39, 40, 43, 44, 46, 49, 51, 52,
Itens de cada sub-escala- A soma de todos os itens fornecem
uma nota global de Auto-Conceito
criatividade-12,25,38,52
competência académica -2,3,15,16,29
competência intelectual- 8,21,34,42,48
competência atlética- 13,26,39,53
aparência-5,18,31,44
amizades íntimas- 7,20,33,46
aceitação social- 4,17,30,43
relações com os pais- 6,19,32,45
relações amorosas- 10,23,36,50
humor- 11,37,51
moralidade- 9,22,35,49
apreciação global- 1,14,27,40,41,47,54
[1] Publicado (1994)
In: L. Almeida e I.Ribeiro(Org.). Avaliação Psicológica: Formas e contextos
(pp129-138).Braga: APPORT.