ESCALA
DE SATISFAÇÃO COM O SUPORTE SOCIAL (ESSS)
José
Luis Pais Ribeiro
FPCE-UP; ISPA-L
O
suporte social é, actualmente, um dos principais conceitos na psicologia da saúde
(Dunbar, Ford & Hunt,1998). Como referem Rodin e Salovey (1989) o suporte
social alivia o distress em situação de crise, pode inibir o desenvolvimento de
doenças e, quando o indivíduo está doente tem um papel positivo na recuperação
da doença.
O
âmbito vasto do social é hoje aceite, indiscutivelmente, como importante, tanto
para a saúde como para as doenças, embora se continue a discutir o que é que
pode ser considerado como variável social no vasto domínio do social (Berkman,
1984; Bruhn & Philips, 1984; Cassel, 1976; Cobb, 1976; Cohen, 1988; Kaplan,
et al., 1977; Taylor,1990): a investigação tanto se refere a aspectos
objectivos do social tais como, número de amigos, frequência de contactos,
intensidade de contactos, existência ou não de amigos íntimos, de redes sociais
(contactos sociais mesmo que não seja com amigos), como a aspectos subjectivos
tais como a percepção que o indivíduo tem da adequação, e da satisfação com a
dimensão social da sua vida.
Suporte
social define-se, grosso modo, como "a existência ou disponibilidade de
pessoas em quem se pode confiar, pessoas que nos mostram que se preocupam
connosco, nos valorizam e gostam de nós" (Sarason, et al., 1983, p.127).
Cobb (1976) num texto clássico, define suporte social como informação pertencente
a uma de três classes: informação que conduz o sujeito a acreditar que ele é
amado e que as pessoas se preocupam com ele; informação que leva o indivíduo a
acreditar que é apreciado e que tem valor; informação que conduza o sujeito a
acreditar que pertence a uma rede de comunicação e de obrigações mútuas. Dunst
e Trivette (1990) defendem que o suporte social se refere aos recursos ao
dispor dos indivíduos e unidades sociais (tais como a família) em resposta aos
pedidos de ajuda e assistência.
Diferentes autores
fazem a distinção entre diversos tipos de suporte social. Por exemplo, suporte
social psicológico e não-psicológico, o primeiro referindo-se ao fornecimento
de informação e o segundo ao suporte social tangível (Cohen & McKay, 1984);
Cramer, Henderson e
Scott (1997) distinguem suporte social percebido versus suporte social
recebido. O primeiro para se referir ao suporte social que o indivíduo percebe
como disponível se precisar dele, e o segundo descreve o suporte social que foi
recebido por alguém. Outra distinção feita pelos mesmos autores é entre suporte
social descrito versus avaliado, o primeiro referindo-se à presença de um tipo
particular de comportamento de suporte e o segundo para se referir a uma
avaliação de que esse comportamento de suporte é percebido como sendo
satisfatório ou que serviu de ajuda.
Wethingston
e Kessler (1986) realizaram uma investigação, com uma amostra de 1269
indivíduos, visando determinar se as variáveis de saúde estavam associadas com
a percepção de suporte social ou com os aspectos objectivos do social,
verificando que os resultados de saúde eram explicados melhor pela percepção de
suporte social do que pelos aspectos tangíveis.
Ridder
e Schreurs(1996) afirmam que doentes crónicos expressam satisfação com o
suporte social emocional e prático, enquanto o suporte social informativo,
especialmente quando provém de amigos e familiares é visto como interferência
indesejável.
Singer
e Lord (1984) esclarecem que o que o suporte social pode ser informacional,
emocional ou material e, em termos de quem o fornece, pode ser pessoal ou
interpessoal, fornecido por amigos, familiares, conhecidos: pode ser
relativamente formal, fornecido por organizações e associações tais como grupos
religiosos, ou organizações não governamentais de base comunitária: ou pode ser
do tipo profissional em termos de consulta ou terapia. No âmbito específico da
saúde e das doenças, Kessler et all, (1985) explicam que suporte social se
refere aos mecanismos pelos quais as relações interpessoais, presumivelmente,
protegem os indivíduos dos efeitos deletérios do stress. Esta variável é muito
abrangente, englobando um grande conjunto de componentes e de aspectos,
recorrendo a procedimentos de avaliação muito diversos.
Suporte
social formal e informal
Segundo
Dunst e Trivette (1990), distinguem-se duas fontes de suporte social: informal
e formal. As primeiras incluem, simultaneamente, os indivíduos (familiares,
amigos, vizinhos, padre, etc.) e os grupos sociais (Clubes, Igreja, etc.) que
são passíveis de fornecer apoio nas actividades do dia a dia em resposta a
acontecimentos de vida normativos e não-normativos. As redes de suporte social
formal abrangem tanto as organizações sociais formais (hospitais, programas
governamentais, serviços de saúde) como os profissionais (médicos, assistentes
sociais, psicólogos etc.) que estão organizados para fornecer assistência ou
ajuda às pessoas necessitadas.
Componentes,
aspectos e dimensões do suporte social
Tende a
haver consenso geral que o domínio de suporte social é multidimensional e que
aspectos diferentes do suporte social têm impacto diferente nos indivíduos ou
grupos. Dunst e Trivette (1990) sugerem a existência de cinco componentes de
suporte social interligados. Os componentes identificados são: componente constitucional
(inclui as necessidades e a congruência entre estas e o suporte existente),
componente relacional (estatuto familiar, estatuto profissional, tamanho da
rede social, participação em organizações sociais) componente funcional
(suporte disponível, tipo de suporte tais como emocional, informacional,
instrumental, material, qualidade de suporte tal como o desejo de apoiar, e a
quantidade de suporte), componente estrutural (proximidade física, frequência
de contactos, proximidade psicológica, nível da relação, reciprocidade e
consistência), e componente satisfação (utilidade e ajuda fornecida).
Weiss
(1974) propunha seis dimensões do suporte social: intimidade, integração
social, suporte afectivo, mérito, aliança e orientação. Dunst e Trivette (1990)
apresentam as seguintes dimensões de suporte social que, consideram, se têm
mostrado importantes para o bem-estar:
1.
Tamanho da rede social, abrangendo o número de pessoas da rede de suporte
social;
2.
Existência de relações sociais, abrangendo das relações particulares tais como
o casamento, às gerais como as que decorrem da pertença a grupos sociais tais
como clubes;
3.
Frequência de contactos, para designar quantas vezes o indivíduo contacta com
os membros da rede social tanto em grupo como face a face;
4.
Necessidade de suporte, para designar a necessidade de suporte expressa pelo
indivíduo;
5. Tipo
e quantidade de suporte, para designar o tipo e quantidade de suporte
disponibilizado pelas pessoas que compõem as redes sociais existentes;
6.
Congruência, para referir a extensão em que o suporte social disponível
emparelha com a que o indivíduo necessita;
7.
Utilização, para referir a extensão em que o indivíduo recorre às redes sociais
quando necessita;
8.
Dependência, para exprimir a extensão em que o indivíduo pode confiar nas redes
de suporte social quando necessita;
9.
Reciprocidade, para exprimir o equilíbrio entre o suporte social recebido e
fornecido;
10.
Proximidade, que exprime a extensão da proximidade sentida para com os membros
que disponibilizam suporte social;
11.
Satisfação, que exprime a utilidade e nível de ajuda sentidos pelo indivíduo
perante o suporte social.
Aspectos
diferenciais do suporte social
A
investigação tem demonstrado que os aspectos, componentes ou dimensões do suporte
social têm impacto diferente consoante o grupo etário. Olsen et al. (1991) verificaram que os elementos mais
importantes no fornecimento de suporte social dependia do grupo etário, com o
conjugue a exercer maior influência no grupo 30-49 anos, e a família a exercer
maior influência no caso de jovens e idosos. Vilhjalmsson (1994) verificou que
nos adolescentes, a família, neste caso os pais, constituíam a principal fonte
de suporte. O mesmo padrão foi encontrado por Henly (1997). Ribeiro (1994a),
num estudo com jovens em que cruza várias medidas susceptíveis de avaliar
diferentes dimensões de suporte social, fornecidas por vários agentes, confirma
que, para a população portuguesa a fonte de suporte social mais importante é a
família.
Suporte
social, saúde e doenças
A
crença que o suporte social tem efeitos mediadores na protecção da saúde está
bem apoiada (Rutter & Quine, 1996). Numa revisão de investigação acerca de
evidências epidemiológicas da relação entre suporte social e saúde, realizada
por Broadhead, et al., (1983), concluiu-se pela existência de forte correlação
entre as duas variáveis. Schwarzer, e Leppin (1989; 1991), em revisão de
investigações mostram, numa meta-análise sobre 55 estudos (publicados entre
1976 e 1987) que incluíam uma amostra total de 32739 indivíduos e 83
correlações baseadas em amostras independentes, acerca da relação entre suporte
social e saúde, valores das correlações entre suporte social e má saúde
(mortalidade incluída) entre r = - 0,60 e r = +0,23. A
meta-análise confirmou que a má saúde era mais pronunciada entre os que tinham
falta de suporte social, e que este estava mais associado à saúde nas mulheres
do que nos homens. Verificaram que o grau de associação entre as variáveis
dependia das circunstâncias, da população, dos conceitos e das medidas
utilizadas para avaliar o suporte social e a saúde.
Berkman
e Syme (1979), com os resultados do Estudo Alameda mostram evidências fortes
entre os padrões de interacção social e níveis de suporte social, e quer a
longevidade quer a mortalidade. Sarason et al. (1985) concluem que a satisfação com o suporte social disponível é uma
dimensão cognitiva com um importante papel na redução do mal estar. Hohaus e
Berah (1996) verificaram que a satisfação com o suporte social é uma das variáveis
que estão associadas à satisfação com a vida.
Ganster
et all., (1986) numa investigação em que pesquisa o papel do suporte social
enquanto moderador do impacto das condições de trabalho, conclui haver relação
entre componentes do suporte social e queixas somáticas.
Kessler
et all, (1985) numa revisão de investigação concluem que os resultados sugerem
que o suporte social pode proteger os indivíduos em risco de subsequentes
perturbações mentais. O mesmo é defendido por Ornelas (1996). Ell et all,. (1992),
num estudo abrangendo uma amostra sequencial de 369 doentes com cancro,
concluem que há evidência substancial de relação entre o suporte social e as
relações sociais, e a sobrevivência de pessoas com cancro. Hanson, et all,
(1989), num estudo envolvendo 621 indivíduos idosos, concluem "haver um
efeito causal entre as redes sociais e o suporte social e a
mortalidade"(p109). Thomason et al. (1996) verificam o suporte social, embora mediado por outras variáveis
influencia a emergência de sintomas em doentes com SIDA. Blaney et. al. (1997) verificaram que o aumento do suporte
social tem impacto positivo nas manifestações psicológicas associadas à SIDA.
Efeitos
do suporte social na saúde
Os
estudos que se têm debruçado sobre a relação entre suporte social e saúde se
podem englobar em quatro grandes categorias (Singer & Lord, 1984):
1- O
suporte social protege contra as perturbações induzidas pelo stress- Agrupa
uma versão forte e uma versão fraca. A primeira afirma que esta variável impede
que o stress afecte negativamente o indivíduo, enquanto a fraca afirma que o
stress afecta toda a gente, mas que na existência de suporte social esse efeito
é reduzido. O suporte social é visto como mediador ou moderador do stress;
2- A
não existência de suporte social é fonte de stress - Considera que a falta
de suporte social é ela própria geradora de stress;
3- A
perda de suporte social é um stressor - Considera que se se tem suporte
social e se o perde o stress surge;
4- O
suporte social é benéfico - É uma perspectiva de certo modo oposta às
anteriores, no sentido em que considera que o suporte social torna as pessoas
mais fortes e em melhor condição para enfrentar as vicissitudes da vida, ou
seja, que o suporte social é um recurso, quer perante, quer na ausência, de fontes
de stress.
Modelos
de impacto negativo do suporte social
Como
ficou dito antes, a investigação tem evidenciado que,tanto se verifica que o
suporte social é um amortecedor dos impactos do stress na saúde, como que ele
está associado com redução do bem-estar, ou com o agravamento do efeito dos
stressores (Dunbar, Ford & Hunt, 1998).
Dunbar,
Ford e Hunt, (1998) seleccionam três teoria social para explicar porque é que o
suporte social surge associado com o distress e com o mal estar. Sumariam três
hipóteses: hipótese de mobilização do suporte, hipótese da desigualdade;
hipótese da ameaça à estima.
A
hipótese de mobilização do suporte interpreta a relação positiva entre o
suporte recebido e o distress psicológico como um efeito espúrio que derivaria
destas duas variáveis estarem associadas a uma terceira, que seria os
acontecimentos de vida stressantes.
A
hipótese da desigualdade defende que os indivíduos preferem manter relações com
os outros que sejam equilibradas. A teoria defende que se as trocas são
desequilibradas (um recebe mais ajuda do que a que deu) ambos sofreriam stress
e este manter-se-ia até que o equilíbrio fosse restabelecido.
A
hipótese da ameaça à estima defende que o suporte social, ou falta dela, seria
stressante via o impacto que teria na auto-estima.
O
social variável independente versus variável dependente da saúde
Para
além do suporte social enquanto variável independente de algo que temos vindo a
intitular de "Saúde" ou de inúmeras doenças, o suporte social pode,
ainda, ser considerado uma variável dependente e avaliada como tal quando se
avalia a saúde. Estudos clássicos como os de Berkman e Breslow (1983) e o de
Brook et al. (1979), consideraram o domínio social variável dependente da
saúde, ou seja, este tipo de investigação responde à questão “qual é o impacto
da saúde no suporte social?”. Isto acrescenta um novo problema neste tipo de
investigação, que é o de em que campo (e quais) devemos incluir as variáveis
sociais, se devemos considerar os aspectos, componentes ou domínios do social
como variáveis dependentes da saúde ou como variáveis independentes
Stewart
(1993) para se referir às dimensões a integrar como variáveis dependentes na
avaliação da saúde, afirma: "poucos discordam acerca das dimensões de
saúde físicas e mentais, mas é controverso se a saúde social é conceptualmente
equivalente a estas duas dimensões"(p.12). Por exemplo, no Medical
Outcome Study (Riesenberg, & Glass, 1989), uma investigação com uma
grande amostra destinada a avaliar os resultados de saúde, ou o impacto na
saúde, das intervenções realizadas em contexto de saúde hospitalares, em que a
dimensão "saúde" foi avaliada com o recurso a técnicas que são uma
evolução do estudo de Brook et al. (1979), são assumidas duas dimensões de
saúde, saúde física e saúde mental, e os aspectos sociais são utilizados como
indicadores destas duas dimensões (Stewart, 1993). Ou seja, os aspectos sociais
continuam, hoje, a ser objecto de controvérsia, tanto no que diz respeito ao
modo de os avaliar, como, que aspectos sociais adoptar, como, ainda, se precede
ou procede a saúde. Os instrumentos de avaliação que são utilizados nas
investigações para avaliar as diferentes variáveis reflectem a panóplia de
social que há no social.
Avaliação
do suporte social
O
suporte social é uma variável importante para a saúde mas não há uniformidade
quanto à maneira de o avaliar, nem é clara a relação existente entre as
diversas estratégias e técnicas utilizadas para de o avaliar. A variedade
destas técnicas reflectem a complexidade da concepção de suporte social.
Existem inúmeras técnicas de avaliação que, cada uma por si, consideram os
diversos aspectos componentes ou dimensões, mas nenhuma, só por si, resolveu o
problemas de contemplar o suporte social na sua globalidade. Como dizem Sarason
e Sarason (1984) "importante como parece, não há concordância acerca da
maneira de avaliar o nível pessoal de suporte social"(p.288).
Heitzmann
e Kaplan (1988), numa revisão àcerca das técnicas de avaliação do suporte
social que são utilizadas em contexto de saúde, verificaram que as propriedades
psicométricas dos instrumentos revistos eram, na generalidade fracas, e que as
técnicas avaliavam diferentes concepções de suporte social.
A
presente investigação propõe-se construir uma escala de avaliação da satisfação
com o suporte social existente. É uma medida de percepção de suporte social, na
assunção que esta percepção é uma dimensão fundamental nos processos cognitivos
e emocionais ligados ao bem estar e à qualidade de vida.
MATERIAL
E MÉTODOS
Participantes
609 estudantes, entre
os 11º ano e final da Universidade, com idades entre os 15 e 30 anos (47% do
sexo masculino), de nove escolas pertencentes à Universidade do Porto e três
escolas do ensino secundário da cidade do Porto, responderam a um questionário,
anónimo, segundo uma metodologia mail type, com uma percentagem de
retornos de 86%.
Material
A versão final da ESSS
é constituída por 15 frases que são apresentadas para auto-preenchimento, como
um conjunto de afirmações. O sujeito deve assinalar o grau em que concorda com
a afirmação (se ela se aplica a ele), numa escala de Likert com cinco posições,
“concordo totalmente”, “concordo na maior parte”, “não concordo nem discordo”,
“discordo a maior parte”, e “discordo totalmente”.
Recorreu-se a um
conjunto de medidas que expressam saúde, bem-estar ou mal estar ou que estão
intimamente ligadas a essas variáveis. As medidas utilizadas para validação do
ESSS foram as seguintes: Auto conceito geral avaliado com a adaptação
portuguesa do self perception profile for college students
(Ribeiro1994b). É um questionário de auto preenchimento com 54 itens que se
agrupam em 12 sub-escalas, e a resposta é dada numa escala de likert. Neste
estudo considerou-se somente a nota total.
Gravidade que atribui
aos acontecimentos de vida, avaliado pela intensidade que considera que o
acontecimento de vida que mais afectou a sua vida no último ano, variando numa
escala tipo Likert de nove posições, variando entre nada e totalmente.
Acontecimentos de vida
avaliados com um inventário de 23 problemas adaptados à população jovem em que
os respondentes assinalam todos os que ocorreram no último ano. A nota final é
dada pela soma do número de acontecimentos assinalados.
A avaliação da auto
eficácia geral foi realizada com uma adaptação portuguesa da escala
(Ribeiro,1995). A escala é de auto-preenchimento e inclui 15 itens que são
respondidos numa escala de likert distribuídos por três factores. Neste estudo
considerou-se somente a nota total.
Saúde geral avaliada
com recurso a um item na tradição do que é utilizado na avaliação do estado de
saúde no em que o sujeito responde numa escala tipo likert de sete pontos,
variando entre o excelente e o péssimo, qual o estado de bem estar físico actual.
Sintomas físicos de
mal estar avaliados com recurso a um inventário que inclui 19 itens que
constituem sintomas físicos de mal-estar a que os sujeitos respondem quanto à
frequência com que os sentem (de diária, vária vezes por semana, semanal uma
vez por mês ou menos de uma vez por mês) e, quando ocorrem qual a intensidade
com que se manifestam em cinco posições de “extremamente incómodo” até “não é
problema”. Foi apenas considerada a nota dada pela frequência dos sintomas.
Saúde mental: avaliado
com recurso ao inventário de saúde mental, adaptação portuguesa (Ribeiro, 1998)
do Mental Health Inventory (Veit & Ware, 1983). É um inventário com 38
itens, auto-preenchidos, que avaliam cinco dimensões, depressão, ansiedade,
comportamento e controlo emocional, afecto positivo, com consistências internas
(para a versão portuguesa) dominantemente na casa dos 0,80 a 0,90 e com a um
alfa da escala total de 0,96. A resposta é dada numa escala de Likert variando
entre cinco e seis posições. Neste estudo considerou-se somente a nota total.
Percepção geral de
saúde: avaliada com recurso a uma adaptação da General Health Perception
Battery (Brook et. al. 1979), inclui 32 itens auto preenchidos, agrupados
em oito dimensões, que são respondidos numa escala tipo Likert com cinco
posições. Neste estudo considerou-se somente a nota total.
Procedimento
A ESSS foi construída
para medir a satisfação com o suporte social existente, assumindo, como
defendem Wethingson e Kessler (1986), que as medidas de percepção de suporte
social explicam melhor a saúde do que as de suporte social tangível.
Seleccionaram-se 20 itens que reflectissem a satisfação dos indivíduos com a
sua vida social, nomeadamente com a que têm com os actores sociais com quem
interagem, tais como familiares e amigos, e com as actividades sociais que
desenvolvem. Para garantir a validade de conteúdo os itens foram inspeccionados
e corrigidos por três juizes. Seguidamente estes itens foram passados aos
participantes. Seguidamente procedeu-se à análise de componentes principais
(ACP) para verificar, como, de modo empírico, os itens se distribuem pelas
escalas. Após a ACP verificou-se se o agrupamento de itens a partir da ACP
estava de acordo com os constructos iniciais. De seguida procedeu-se à
inspecção da consistência interna (alfa de Cronbach) das escalas assim
construídas. Inspeccionou-se, depois, a validade discriminante, ou seja,
verificou-se se a correlação dos itens com a escala a que era suposto
pertenceram era superior à das restantes escalas, e a validade concorrente com
vários indicadores de saúde..
Resultados
Procedeu-se à ACP
seleccionando os itens com uma carga factorial superior a 0,40. Permaneceram na
equação 15 itens que se apresentam no quadro 1. A solução factorial assim
escolhida inclui quatro factores que explicam 63,1% da variância total. A
consistência interna (alfa de Cronbach) da escala total é de 0,85. As escalas
geradas empiricamente estão de acordo
com os constructos para que os itens foram gerados e parecem medir os seguintes
aspectos do suporte social: O primeiro factor, baptizado “satisfação com
amigos”, mede a satisfação com as amizades/amigos que tem, inclui cinco itens,
que têm uma consistência interna de 0,83. Este factor explica 35% da variância
total. O segundo factor, baptizado “intimidade”, mede a percepção da existência
de suporte social íntimo. Inclui quatro itens que têm uma consistência interna
de 0,74 e o factor explica 12,1%. da variância total. O terceiro factor,
baptizado “satisfação com a família”, mede a satisfação com o suporte social
familiar existente. Inclui três itens, que têm uma consistência interna de 0,74
e o factor explica 8,7% da variância total. O último factor gerado, baptizado
“actividades sociais”, mede a satisfação com as actividades sociais que
realiza. Inclui três itens que têm uma consistência interna de 0,64 e o factor
explica 7,3% da variância total. O quadro 1 mostra os valores da carga
factorial acima de 0,40, de cada item no factor em que permaneceu na solução
final.
Quadro 1
Carga factorial dos itens por
factor, variância de cada factor e consistência interna dos itens de cada
factor.
ITENS |
SA |
IN |
SF |
AS |
Os amigos não me
procuram tantas vezes quantas eu gostaria |
0,72 |
|
|
|
Estou satisfeito
com a quantidade de amigos que tenho |
0,74 |
|
|
|
Estou satisfeito
com a quantidade de tempo que passo com os meus amigos |
0,79 |
|
|
|
Estou satisfeito
com as actividades e coisas que faço com o meu grupo de amigos |
0,74 |
|
|
|
Estou satisfeito
com o tipo de amigos que tenho |
0,56 |
|
|
|
Por vezes sinto-me
só no mundo e sem apoio |
|
0,50 |
|
|
Quando preciso de
desabafar com alguém encontro facilmente amigos com quem o fazer |
|
0,78 |
|
|
Mesmo nas situações
mais embaraçosas, se precisar de apoio de emergência tenho várias pessoas a
quem posso recorrer |
|
0,76 |
|
|
Às vezes sinto
falta de alguém verdadeiramente íntimo que me compreenda e com quem possa
desabafar sobre coisas íntimas |
|
0,69 |
|
|
Estou satisfeito
com a forma como me relaciono com a minha família |
|
|
0,79 |
|
Estou satisfeito
com a quantidade de tempo que passo com a minha família |
|
|
0,73 |
|
Estou satisfeito
com o que faço em conjunto com a minha família |
|
|
0,85 |
|
Não saio com amigos
tantas vezes quantas eu gostaria |
|
|
|
0,42 |
Sinto falta de
actividades sociais que me satisfaçam |
|
|
|
0,68 |
Gostava de
participar mais em actividades de organizações (p.ex. clubes desportivos,
escuteiros, partidos políticos, etc.) |
|
|
|
0,84 |
Eighenvalue |
5,24 |
1,81 |
1,30 |
1,09 |
Variância
(total=63%) |
35% |
12,1% |
8,7% |
7,3% |
Consistência
interna (Alfa de Cronbach) (total = 0,85) |
0,83 |
0,74 |
0,74 |
0,64 |
SA- Satisfação com amizadas; IN-
intimidade; SF- satisfação com família; AS- actividades sociais
Em geral, a carga
factorial dos itens da ESSS é elevada. Apenas um item apresenta uma carga
factorial inferior a 0,50. Este item tem uma carga factorial mais elevada
noutro factor e, com base na revirificação do conteúdo do item decidiu-se que
era mais adequado ficar colocado nesta sub-escala.
O factor que melhor explica o
resultado da escala é o primeiro “satisfação com amizades/amigos” com mais de
metade da variância total explicada.
Validade
discriminante
A validade
discriminante de um item evidencia-se pela diferença entre a correlação do item
com a escala a que pertence por comparação com a correlação do item com as
escalas a que não pertence. A validade discriminante dos itens ESSS é mostrada
no quadro 2
Quadro 2
Validade discriminante dos itens
do EPSS
ITENS |
SA |
IN |
SF |
AS |
Tot |
Os amigos não me
procuram tantas vezes quantas eu gostaria |
0,76 |
0,44 |
0,11 |
0,46 |
0,65 |
Estou satisfeito
com a quantidade de amigos que tenho |
0,80 |
0,48 |
0,18 |
0,40 |
0,68 |
Estou satisfeito
com a quantidade de tempo que passo com os meus amigos |
0,80 |
0,41 |
0,26 |
0,50 |
0,70 |
Estou satisfeito
com as actividades e coisas que faço com o meu grupo de amigos |
0,81 |
0,46 |
0,24 |
0,46 |
0,71 |
Estou satisfeito
com o tipo de amigos que tenho |
0,70 |
0,47 |
0,17 |
0,28 |
0,60 |
Por vezes sinto-me
só no mundo e sem apoio |
0,45 |
0,68 |
0,27 |
0,37 |
0,62 |
Quando preciso de
desabafar com alguém encontro facilmente amigos com quem o fazer |
0,49 |
0,78 |
0,11 |
0,28 |
0,61 |
Mesmo nas situações
mais embaraçosas, se precisar de apoio de emergência tenho várias pessoas a
quem posso recorrer |
0,47 |
0,77 |
0,21 |
0,29 |
0,63 |
Às vezes sinto
falta de alguém verdadeiramente íntimo que me compreenda e com quem possa
desabafar sobre coisas íntimas |
0,35 |
0,76 |
0,10 |
0,37 |
0,56 |
Estou satisfeito
com a forma como me relaciono com a minha família |
0,18 |
0,21 |
0,79 |
0,08 |
0,38 |
Estou satisfeito
com a quantidade de tempo que passo com a minha família |
0,21 |
0,15 |
0,78 |
0,11 |
0,38 |
Estou satisfeito
com o que faço em conjunto com a minha família |
0,24 |
0,19 |
0,85 |
0,17 |
0,45 |
Não saio com amigos
tantas vezes quantas eu gostaria |
0,50 |
0,37 |
0,10 |
0,74 |
0,59 |
Sinto falta de
actividades sociais que me satisfaçam |
0,51 |
0,44 |
0,14 |
0,80 |
0,65 |
Gostava de
participar mais em actividades de organizações (p.ex. clubes desportivos,
escuteiros, partidos políticos, etc.) |
0,25 |
0,20 |
0,09 |
0,75 |
0,43 |
SA- Satisfação com amizades; IN-
intimidade; SF- satisfação com família; AS- actividades sociais; Tot- escala
total
A observação do quadro
2 mostra que o índice de discriminação dos itens é superior a 20 pontos entre a
magnitude da correlação com a escala a que pertence (em carregado) e a
magnitude do segundo valor de correlação com outra escala. O segundo valor mais
elevado é, sempre, com o resultado da escala total que resulta da soma de todas
as escalas.
O quadro 3 apresenta a
correlação entre a nota da escala total e as notas das sub-escalas que compõem
a ESSS.
Quadro 3
Correlação entre as
notas das sub-escalas e escala total
Escala e sub-escalas do EPSS |
SA |
IN |
SF |
AS |
Escala total |
0,86 |
0,80 |
0,50 |
0,72 |
Satisfação com
amizades |
|
0,58 |
0,25 |
0,55 |
intimidade |
|
|
0,22 |
0,44 |
satisfação com
família |
|
|
|
0,15 |
SA- Satisfação com amizades; IN-
intimidade; SF- satisfação com família; AS- actividades sociais.
Verifica-se que as sub
escalas que melhor explicam a satisfação com o suporte social são as relativas
aos amigos, com cada uma delas por si só a explicar mais de dois terços da
variância da escala total. Tal parece contrariar a investigação já referida que
afirma que o suporte social mais importante nos jovens é a família.
Validade
concorrente
Investigou-se a
validade concorrente com medidas de saúde e bem-estar e com medidas de
mal-estar. A ideia subjacente é a de que a EPSS deve estar associada a medidas
de saúde na direcção esperada, ou seja, deve predizer resultados positivos
(correlação positiva estatisticamente significativa) das medidas indicadoras de
saúde e resultados negativos (correlação negativa estatisticamente
significativa) com medidas indicadoras de mal estar. Simultaneamente os valores
da correlação, embora significativos, não devem ser tão elevados de molde a
parecer que são a mesma medida. O valor critério considerado é que não deve
exceder valores de correlação de 0,60, ou seja uma nota não deve predizer mais
de um terço da outra. O quadro 4 mostra a correlação entre as diversas medidas
consideradas:
Quadro 4
Correlação entre EPPS
e medidas critério
|
SA |
IN |
SF |
AS |
Tot |
Auto conceito |
r
=0,41 (576) p< 0,0001 |
r
=0,44 (579) p< 0,0001 |
r
=0,29 (574) p< 0,0001 |
r
=0,35 (575) p< 0,0001 |
r
=0,51 (565) p< 0,0001 |
Gravidade dos acontecimentos |
r
= -0,12 (249) p<
0,05 |
r
= -0,14 (249) p< 0,03 |
r
= -0,28 (247) p< 0,0001 |
n.s. |
r
= -0,21 (245) p< 0,002 |
Acontecimentos |
r
=-0,11 (547) p< 0,006 |
r
= -0,13 (551) p< 0,002 |
r
= -0,23 (546) p< 0,00001 |
r
= - 0,11 (547) p< 0,02 |
r
= -0,19 (536) p< 0,0001 |
Auto eficácia |
r
=0,38 (586) p< 0,0001 |
r
=0,43 (590) p< 0,0001 |
r
=0,25 (586) p< 0,0001 |
r
=0,27 (586) p< 0,0001 |
r
=0,46 (576) p< 0,0001 |
Saúde |
r
=0,18 (605) p< 0,0001 |
r
=0,14 (608) p< 0,0001 |
r
=0,10 (603) p< 0,009 |
r
=0,15 (604) p< 0,0001 |
r
=0,19 (594) p< 0,0001 |
Mal estar |
r
= - 0,18 (580) p< 0,0001 |
r
= - 0,25 (584) p< 0,0001 |
r
= - 0,28 (579) p< 0,0001 |
r
= - 0,18 (580) p< 0,0001 |
r
= - 0,30 (569) p< 0,0001 |
Saúde mental |
r
=0,40 (593) p< 0,0001 |
r
=0,50 (584) p< 0,0001 |
r
=0,34 (593) p< 0,0001 |
r
=0,36 (594) p< 0,0001 |
r
=0,55 (584) p< 0,0001 |
Percepção de saúde |
r
=0,21 (589) p< 0,0001 |
r
=0,25 (593) p< 0,0001 |
r
=0,21 (589) p< 0,0001 |
r
=0,17 (589) p< 0,0001 |
r
=0,29 (579) p< 0,0001 |
SA- Satisfação com amizades; IN-
intimidade; SF- satisfação com família; AS- actividades sociais; Tot- escala
total.
Auto conceito- Auto conceito
geral; Gravidade dos acontecimentos- Gravidade que atribui aos acontecimentos
de vida; Acontecimentos- acontecimentos de vida; Auto-eficácia - auto eficácia
geral; saúde- saúde geral; Mal-estar- sintomas físicos de mal estar; Saúde
mental- saúde mental; Percepção de saúde -percepção geral de saúde
Genericamente a
correlação entre o resultado da escala total e as medidas critério é maior do
que a das sub-escalas. Com excepção para as medidas de acontecimentos de vida
(tanto a existência como a intensidade).
A análise do quadro
evidencia valores controversos em que as sub-escalas ligadas aos amigos
apresentam maior correlação com algumas medidas de saúde, bem-estar, ou
mal-estar, enquanto as sub-escala ligada à família apresenta maior correlação
com .outras medidas de saúde, bem-estar, ou mal-estar. Tal resultado aponta
para a necessidade de aprofundar estas relações de modo a apurar as medidas de
suporte social.
Conclusão
O estudo apresentado
propõe uma escala de avaliação do suporte social percebido para a saúde,
bem-estar, qualidade de vida e mal estar, com várias diemensões, que é sensível
e válida. Tal, no entanto, não dispensa a necessidade de continuar a investigar
as medidas nesta área.
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Resumo
ESCALA DE PERCEPÇÃO DE SUPORTE
SOCIAL (EPSS)
o objectivo é
construir uma escala de avaliação da satisfação com o suporte social recebido.
Assume-se que o suporte social percebido tem um papel importante na saúde e no
bem-estar tanto das pessoas sem doença, como nas que estão em recuperação ou
vivem com uma doença. Recorreu-se a uma amostra de jovens sem doença, 47%
homens. Construiu-se uma escala com 15 itens, com resposta tipo likert, com
base na validade de conteúdo de cada item para avaliarem a satisfação com o
suporte social proveniente de várias fontes, e com as actividades sociais. A
escala inclui quatro sub-escalas com valores de consistência interna variando
entre 0,64 e 0,83, com um valor de 0,85 para a escala total. Inspeccionou-se a
validade discriminante dos itens e a validade concorrente com medidas
associadas à saúde tanto pela positiva como pela negativa, tendo-se encontrado
valores que confirmam a validade da escala para avaliar a percepção de suporte
social em contextos de saúde.
Abstract
SATISFACTION WITH SOCIAL SUPPORT SCALE (SSSS)
The objective is to create a satisfaction evaluation scale from the
received social support. It is assumed that the received social support plays
an important role in health and well being, both in healthy people, those
recuperating or those living with a disease. A sample of young healthy people,
47% males, was used.. A scale with 15 items was built, with Likert type
response, with a basis on content validity of each item, in order to evaluate
the level of satisfaction with regard to the social support received from
different sources and with social activities. The scale includes four sub
scales with internal consistency values varying between 0,64 and 0,83, with a
value of 0,85 for the total scale. The discriminating validity as well as the
concurrent validity of the items was inspected with measures related to health,
both on the positive as well as the negative, having found values that confirm
the validity of the scale in evaluating perceptions of social support within a
health context.
SATISFAÇÃO
SOCIAL (ESSS)
A SEGUIR VAI ENCONTRAR VÁRIAS AFIRMAÇÕES, SEGUIDAS DE CINCO LETRAS.
MARQUE UM CÍRCULO À VOLTA DA LETRA QUE MELHOR QUALIFICA A SUA FORMA DE PENSAR.
POR EXEMPLO, NA PRIMEIRA AFIRMAÇÃO, SE VOCÊ PENSA QUASE SEMPRE QUE POR VEZES SE
SENTE SÓ NO MUNDO E SEM APOIO, DEVERÁ ASSINALAR A LETRA A, SE ACHA QUE NUNCA PENSA ISSO DEVERÁ MARCAR A LETRA E.
|
Concordo totalmente |
Concordo na maior parte |
Não concordo nem discordo |
Discordo na maior parte |
Discordo totalmente |
1-Por vezes
sinto-me só no mundo e sem apoio |
A |
B |
C |
D |
E |
2-Não saio com
amigos tantas vezes quantas eu gostaria |
A |
B |
C |
D |
E |
3-Os amigos não
me procuram tantas vezes quantas eu gostaria |
A |
B |
C |
D |
E |
4-Quando
preciso de desabafar com alguém encontro facilmente amigos com quem o fazer |
A |
B |
C |
D |
E |
5-Mesmo nas
situações mais embaraçosas, se precisar de apoio de emergência tenho várias
pessoas a quem posso recorrer |
A |
B |
C |
D |
E |
6-Às vezes
sinto falta de alguém verdadeiramente íntimo que me compreenda e com quem
possa desabafar sobre coisas íntimas |
A |
B |
C |
D |
E |
7-Sinto falta
de actividades sociais que me satisfaçam |
A |
B |
C |
D |
E |
8-Gostava de
participar mais em actividades de organizações (p.ex. clubes desportivos,
escuteiros, partidos políticos, etc.) |
A |
B |
C |
D |
E |
9-Estou
satisfeito com a forma como me relaciono com a minha família |
A |
B |
C |
D |
E |
10-Estou
satisfeito com a quantidade de tempo que passo com a minha família |
A |
B |
C |
D |
E |
11-Estou
satisfeito com o que faço em conjunto com a minha família |
A |
B |
C |
D |
E |
12-Estou
satisfeito com a quantidade de amigos que tenho |
A |
B |
C |
D |
E |
13-Estou
satisfeito com a quantidade de tempo que passo com os meus amigos |
A |
B |
C |
D |
E |
14-Estou
satisfeito com as actividades e coisas que faço com o meu grupo de amigos |
A |
B |
C |
D |
E |
15-Estou
satisfeito com o tipo de amigos que tenho |
A |
B |
C |
D |
E |
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO
A “Escala de Satisfação com o Suporte Social” é
constituída por 15 itens que se distribuem por quatro dimensões ou factores:
O primeiro factor, “satisfação com amigos” (SA), mede
a satisfação com as amizades/amigos que tem, inclui cinco itens (itens 3, 12,
13, 14, 15) que têm uma consistência interna de 0,83.
O segundo factor, baptizado “intimidade” (IN), mede a
percepção da existência de suporte social íntimo. Inclui quatro itens (itens 1,
4, 5, 6) que têm uma consistência interna de 0,74
O terceiro factor, baptizado “satisfação com a
família”(SF), mede a satisfação com o suporte social familiar existente. Inclui
três itens (itens 9, 10, 11), que têm uma consistência interna de 0,74
O quarto factor, baptizado “actividades sociais” (AS),
mede a satisfação com as actividades sociais que realiza. Inclui três itens
(itens 2, 7, 8) que têm uma consistência interna de 0,64
A escala total mostra uma consistência interna de
0,85.
A nota total da escala resulta da soma da totalidade
dos itens. A nota de cada dimensão resulta da soma dos itens de cada dimensão
ou sub-escala.
Os itens são cotados atribuindo o valor “1” aos itens
assinalados em “A”, e “5” aos assinalados em “E”. São excepção os itens
invertidos que são os seguintes: itens, 4,5,9,10,11,12,13,14, e 15.
A nota para a escala total pode variar entre 15 e 75 e
à nota mais alta corresponde uma percepção de maior suporte social.
O estudo de validação da escala está publicado em: Ribeiro, JLP (1999) Escala
de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise Psicológica, 3(XVII),547-558